SAULO(O COMEÇO)

28/05/2011 22:48

  SUAS ORIGENS.

A multidão estava em silêncio total. Apenas alguns instantes antes, quase tinha matado o apóstolo Paulo. Este, também conhecido como Saulo de Tarso, fora resgatado por soldados romanos e se encontrava então diante do povo no alto duma escadaria, perto do templo em Jerusalém.

Acenando com a mão para pedir silêncio, Paulo começou a falar em hebraico, dizendo: “Homens, irmãos e pais, ouvi agora a minha defesa perante vós. . . . Eu sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas educado nesta cidade, aos pés de Gamaliel, instruído segundo o rigor da Lei ancestral, zeloso por Deus, assim como todos vós sois neste dia.” — Atos 22:1-3.

Com a vida em perigo, por que iniciou Paulo a sua defesa dizendo que tinha sido educado por Gamaliel? Quem era Gamaliel e o que estava envolvido em ser ensinado por ele? Influenciava esse treinamento a Saulo mesmo depois de ele se tornar o apóstolo cristão Paulo?

Quem era Gamaliel?


Gamaliel era um bem-conhecido fariseu. Era neto de Hilel, o Velho, que fundara uma das duas grandes escolas de pensamento dentro do judaísmo farisaico.[1] O método de ensino de Hilel era considerado mais tolerante do que o do seu rival, Shamai. Depois da destruição do templo de Jerusalém em 70 EC, Bet Hilel (Casa de Hilel) era preferida a Bet Shamai (Casa de Shamai). A Casa de Hilel tornou-se a expressão oficial do judaísmo, visto que todas as outras seitas desapareceram com a destruição do templo de Jerusalém. As decisões de Bet Hilel servem muitas vezes de base para a lei judaica na Míxena, que se tornou o fundamento do Talmude, e a influência de Gamaliel, pelo visto, era um grande fator na sua predominância.

Gamaliel era tão estimado, que foi o primeiro a ser chamado de raban, título superior ao de rabino. De fato, Gamaliel tornou-se uma pessoa tão respeitada, que a Míxena diz a seu respeito:

“Quando Raban Gamaliel, o velho, faleceu, cessou a glória da Tora, e pereceram a pureza e a santidade [lit. “separação”].” — Sotah 9:15.

 

Como foi instruído por Gamaliel?


Quando o apóstolo Paulo disse à multidão em Jerusalém que tinha sido ‘educado aos pés de Gamaliel’, o que queria dizer com isso? O que envolvia ser discípulo dum instrutor tal como Gamaliel?

Referente a esse treinamento, o professor titular Dov Zlotnick, do Seminário Teológico Judeu da América, escreve:

“A exatidão da lei oral, portanto, sua confiabilidade, depende quase que inteiramente do relacionamento entre mestre e discípulo: do cuidado do mestre no ensino da lei e da presteza do discípulo em aprendê-la. . . . Por isso, instava-se com os discípulos a sentar-se aos pés dos eruditos . . . ‘e beber as suas palavras com sede’.” — Avot 1:4, the Mishnah.


Emil Schürer, no seu livro
A History of the Jewish People in the Time of Jesus Christ (História do Povo Judeu no Tempo de Jesus Cristo), lança luz sobre os métodos dos instrutores rabínicos do primeiro século. Ele escreve: “Os rabinos mais famosos muitas vezes reuniam em sua volta grande número de jovens desejosos de instrução, com o fim de familiarizá-los cabalmente com a ‘lei oral’ muito ramificada e verbosa. . . . A instrução consistia num contínuo e persistente exercício de memória. . . . O instrutor apresentava aos seus alunos diversas questões legais para as resolverem, e deixava-os responder ou ele mesmo as respondia. Permitia-se também aos alunos fazer perguntas ao instrutor.”

No conceito dos rabinos, para os alunos estava em jogo muito mais do que apenas serem aprovados. Advertia-se os que estudavam sob tais instrutores: “Quem se esquecer de uma única coisa do que aprendeu — a Escritura o considera como pondo a vida em jogo.” (Avot 3:8) O maior louvor era dado ao estudante que era como “um poço rebocado, que não perde uma só gota de água”. (Avot 2:8) Este foi o tipo de treinamento que Paulo, então conhecido pelo seu nome hebraico, Saulo de Tarso, recebeu de Gamaliel.

O espírito dos ensinos de Gamaliel


Em harmonia com o ensino farisaico, Gamaliel promovia a crença na lei oral. Dava assim maior ênfase às tradições dos rabinos do que às Escrituras inspiradas. (Mateus 15:3-9) A Míxena cita Gamaliel como dizendo: “Arruma para ti um instrutor [um rabino] e livra-te da dúvida, porque não deves dar um dízimo excessivo por mera conjectura.” (Avot 1:16) Isso significava que, quando o A.T não especificava o que fazer, não se devia usar o próprio raciocínio ou seguir a própria consciência para tomar uma decisão. Em vez disso, devia-se achar um rabino habilitado, que tomaria a decisão por ele. Segundo Gamaliel, só assim se podia evitar o pecado. — Note Romanos 14:1-12.

No entanto, Gamaliel, em geral, era conhecido pela atitude mais tolerante e liberal nos seus decretos jurídicos, religiosos. Por exemplo, ele tinha consideração para com as mulheres, ao decidir que ele “permitiria a uma esposa casar-se de novo à base da atestação [da morte do seu marido] por uma única testemunha”. (Ievamot 16:7, the Mishnah) Além disso, para proteger a divorciada, Gamaliel introduziu diversas restrições na emissão da carta de divórcio.

Esse espírito é também percebido na maneira de Gamaliel tratar os primeiros seguidores de Jesus Cristo. O livro de Atos relata que, quando outros líderes religiosos procuravam matar os apóstolos de Jesus, os quais eles tinham prendido por pregarem, “levantou-se certo homem no Sinédrio, um fariseu de nome Gamaliel, instrutor da Lei, estimado por todo o povo, e mandou que pusessem os homens para fora por um pouco de tempo. E ele lhes disse: ‘Homens de Israel, prestai atenção a vós mesmos quanto ao que pretendeis fazer com respeito a estes homens. . . . Digo-vos: Não vos metais com estes homens, mas deixai-os em paz; . . . senão podereis talvez ser realmente achados como lutadores contra Deus.’” Eles acataram o conselho de Gamaliel e soltaram os apóstolos. — Atos 5:34-40.

O que significou para Paulo?


Paulo fora treinado e educado por um dos maiores instrutores rabínicos do primeiro século EC. Sem dúvida, o apóstolo mencionar Gamaliel induziu a multidão em Jerusalém a dar atenção especial ao seu discurso. Mas ele falou-lhes de um Instrutor muito superior a Gamaliel — Jesus, o Messias. Foi então como discípulo de Jesus, não de Gamaliel, que Paulo se dirigiu à multidão. — Atos 22:4-21.

Será que o treinamento que Paulo recebeu de Gamaliel influenciou o ensino de Paulo como cristão? É provável que a instrução rigorosa nas Escrituras e na lei judaica tenha sido útil para Paulo como instrutor cristão. No entanto, as cartas divinamente inspiradas de Paulo, encontradas na Bíblia, mostram claramente que ele rejeitava a essência das crenças farisaicas de Gamaliel. Paulo orientou seus conterrâneos judeus e todos os outros não para seguir os rabinos do judaísmo, nem para adotar tradições humanas, mas para seguir a Jesus Cristo. — Romanos 10:1-4.

Se Paulo tivesse continuado a ser discípulo de Gamaliel, ele teria usufruído grande prestígio. Outros do círculo de Gamaliel ajudaram a definir o futuro do judaísmo. Por exemplo, Simão, filho de Gamaliel, talvez colega de estudos de Paulo, desempenhou um grande papel na revolta judaica contra Roma. Após a destruição do templo, o neto de Gamaliel, Gamaliel II, restabeleceu a autoridade do Sinédrio, transferindo-o para Jabneh. O neto de Gamaliel II, Judá ha-Nasi, foi o compilador da Míxena, que se tornou a base do pensamento judaico até o dia de hoje.

Saulo de Tarso, como aluno de Gamaliel, poderia ter obtido grande destaque no judaísmo. Mas Paulo escreveu a respeito de tal carreira: “As coisas que para mim eram ganhos, estas eu considerei perda por causa do Cristo. Ora, neste respeito, considero também, deveras, todas as coisas como perda, por causa do valor superior do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por causa dele tenho aceito a perda de todas as coisas e as considero como uma porção de refugo, para que eu possa ganhar a Cristo.” — Filipenses 3:7, 8.

Por deixar para trás a carreira de fariseu e tornar-se seguidor de Jesus Cristo, Paulo fez uma aplicação prática do conselho do seu instrutor anterior, de prevenir-se para não ‘ser realmente achado como lutador contra Deus’. Por cessar de perseguir os discípulos de Jesus, Paulo deixou de lutar contra Deus. Em vez disso, por se tornar seguidor de Cristo, tornou-se um dos “colaboradores de Deus”. — 1 Coríntios 3:9.

A mensagem do verdadeiro cristianismo continua a ser proclamada nos nossos dias. Muitos, iguais a Paulo, fizeram mudanças dramáticas na sua vida. Algumas até mesmo renunciaram a carreiras promissoras, a fim de ter maior participação na pregação do Reino de Deus, que é deveras uma obra “de Deus”. (Atos 5:39) Como nos sentimos felizes de ter seguido o exemplo de Paulo, em vez de aquele do anterior instrutor dele, Gamaliel!

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Saulo de Tarso era inimigo mortal dos seguidores de Cristo. Mas o Senhor lhe reservava um futuro diferente. Saulo se tornaria um notável representante da própria causa contra a qual havia lutado tão veementemente. Jesus disse: “Este homem [Saulo] é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome às nações, bem como a reis e aos filhos de Israel.” — Atos 9:15.

A vida de Saulo como um “homem insolente” mudou completamente quando, por misericórdia, ele se tornou o “vaso escolhido” para o Senhor Jesus Cristo. (1 Timóteo 1:12, 13) As energias que o motivaram a participar no apedrejamento de Estêvão e a atacar os discípulos de Jesus em outras ocasiões foram direcionadas para objetivos totalmente diferentes quando Saulo se tornou o apóstolo cristão Paulo.

Jesus evidentemente notou boas qualidades em Saulo. Que qualidades? Quem era Saulo? Como sua formação o qualificou para ser usado em promover a adoração cristã? Podemos aprender algo de sua experiência?

Formação familiar: Na época do assassinato de Estêvão, logo após o Pentecostes de 33 EC, Saulo era “jovem”. Quando escreveu a Filêmon, por volta de 60-61 EC, ele era “idoso”. (Atos 7:58; Filêmon 9) Eruditos sugerem que, de acordo com a maneira de avaliar a idade nos tempos antigos, “jovem” provavelmente se referia à idade entre 24 e 40 anos, enquanto “idoso” seria dos 50 aos 56 anos de idade. Assim, Saulo provavelmente nasceu apenas alguns anos após o nascimento de Jesus.

Naquela época havia judeus morando em muitas partes do mundo. Entre as causas de sua dispersão da Judéia estavam conquistas, escravidão, deportação, negócios e migração voluntária. Embora seus familiares fossem judeus da dispersão, Saulo destaca a lealdade que tinham à Lei, afirmando que ele havia sido “circuncidado no oitavo dia” e era “da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu nascido de hebreus; com respeito à lei, fariseu”. Saulo tinha o mesmo nome hebreu de um destacado membro de sua tribo — o primeiro rei de Israel. Por ter nascido romano, Saulo de Tarso também tinha um nome latino, Paullus.[1] — Filipenses 3:5; Atos 13:21; 22:25-29.

O nascimento de Saulo como romano significava que um de seus ancestrais masculinos havia adquirido o privilégio da cidadania. Como? Há diversas possibilidades. Além de ser obtida hereditariamente, a cidadania podia ser concedida a pessoas ou grupos, quer por méritos específicos, simples interesse político, quer como recompensa por algum serviço notável prestado ao Estado. Um escravo que conseguisse comprar sua liberdade de um romano, ou que fosse emancipado por um cidadão romano, tornava-se romano. O mesmo acontecia com um veterano das forças armadas que fosse dispensado das legiões romanas. Habitantes nativos de colônias romanas, com o tempo, podiam tornar-se cidadãos romanos. Diz-se também que, em certos períodos, a cidadania era comprada por grandes somas. Como a família de Saulo obteve a cidadania ainda é um mistério.[2]

Temos certeza de que Saulo nasceu em Tarso, principal cidade e capital da província romana da Cilícia (atualmente no sul da Turquia). Embora houvesse uma considerável comunidade judaica na região, a vida ali também teria exposto Saulo à cultura gentia. Tarso era uma cidade grande e próspera, conhecida como um centro acadêmico helenístico, ou grego. Calcula-se que sua população no primeiro século estava entre 300.000 e 500.000 habitantes. Era um centro comercial na principal estrada entre a Ásia Menor, a Síria e a Mesopotâmia. Tarso devia sua prosperidade ao comércio e à fertilidade da planície ao redor da cidade, que produzia principalmente cereais, vinho e linho. Sua próspera indústria têxtil produzia tecidos de pêlo de cabra, dos quais se fabricavam tendas.



A educação que Saulo recebeu: Saulo, ou Paulo, ganhava a vida honestamente e se sustentava como missionário fabricando tendas. (Atos 18:2, 3; 20:34) A profissão de fabricante de tendas era típica de sua cidade natal, Tarso. É provável que Saulo tenha aprendido essa profissão de seu pai na juventude.

O conhecimento que Saulo tinha de vários idiomas — especialmente o domínio do idioma grego, língua franca do Império Romano — também foi muito útil em sua obra missionária. (Atos 21:37–22:2) Analistas de seus escritos dizem que o grego usado por Saulo é excelente. Seu vocabulário não é clássico ou literário, mas assemelha-se ao vocabulário usado na Septuaginta, a tradução grega das Escrituras Hebraicas que ele frequentemente citava ou parafraseava. Com base nisso, diversos eruditos concluem que Saulo recebeu pelo menos uma boa instrução básica em grego, provavelmente numa escola judaica. “Uma instrução melhor nos tempos antigos, especialmente em grego, não era gratuita; via de regra pressupunha algum lastro financeiro”, diz o erudito Martin Hengel. Assim, a educação que Saulo recebeu sugere que ele vinha de uma família importante.

Provavelmente, antes de completar os 13 anos de idade, Saulo continuou seus estudos em Jerusalém, a uns 840 quilômetros de casa. Ele foi educado por Gamaliel, um famoso e bem-conceituado instrutor da tradição farisaica. (Atos 22:3; 23:6) Esses estudos, comparáveis com a atual educação universitária, abriam as portas para se obter fama no judaísmo.



Usou bem as habilidades: Nascido numa família judaica, em uma cidade romana e helenística, Saulo pertencia a três mundos. Sua formação cosmopolitana e multilíngue sem dúvida o ajudou a tornar-se “todas as coisas para pessoas de toda sorte”. (1 Coríntios 9:19-23) Sua cidadania romana mais tarde lhe permitiu defender legalmente seu ministério e levar as boas novas perante a autoridade máxima do Império Romano. (Atos 16:37-40; 25:11, 12) Obviamente, a formação, a educação e a personalidade de Saulo eram conhecidas do ressuscitado Jesus, que disse a Ananias: “Vai, porque este homem é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome às nações, bem como a reis e aos filhos de Israel. Pois eu lhe mostrarei claramente quantas coisas ele tem de sofrer por meu nome.” (Atos 9:13-16) Quando corretamente direcionado, o zelo de Saulo foi muito útil na divulgação da mensagem do Reino a territórios distantes.

A escolha que Jesus fez de Saulo para uma comissão especial foi um evento único na história cristã. Apesar disso, todos os atuais cristãos têm habilidades e características que podem ser usadas de maneira eficaz na divulgação das boas novas. Quando Saulo entendeu o que Jesus queria dele, não hesitou, mas fez tudo o que pôde para promover os interesses do Reino de Deus. Você faz o mesmo?






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Notas:
[1] O nome de todo cidadão romano do sexo masculino era composto de pelo menos três elementos: o primeiro nome, o nome de família (ligado à sua tribo, ou gens), e o sobrenome. Um exemplo famoso é Caio Júlio César. A Bíblia não fornece nomes romanos completos, mas fontes seculares nos dizem que Agripa era Marco Júlio Agripa. Gálio era Lúcio Júnio Gálio. (Atos 18:12; 25:13) Exemplos bíblicos dos dois últimos nomes de pessoas com três nomes são Pôncio Pilatos (inscrição abaixo), Sérgio Paulo, Cláudio Lísias e Pórcio Festo. ( Atos 4:27; 13:7; 23:26; 24:27). Não é possível determinar com certeza se Paullus era o primeiro nome ou o sobrenome de Saulo. Não era incomum adicionar de maneira informal um outro nome pelo qual a pessoa era chamada por seus familiares ou conhecidos. Outra alternativa era usar um nome substituto não-romano, como Saulo. “[Saulo] nunca serviria como um nome romano”, afirma um erudito, “mas serviria muito bem como um nome nativo, dado como signum a um cidadão romano”. Em regiões onde se falavam muitos idiomas, a situação poderia determinar qual de seus nomes um homem escolheria usar. Diferente do que alguns acreditam, de que, seguindo o costume judaico, Saulo mudou seu nome para Paulo depois da conversão, ele não mudou seu nome, ele sempre teve os dois nomes, só era mais apropriado que ele usasse seu nome helenista, visto que ele pregaria para os gentios.
[2] O registro dos filhos legítimos dos cidadãos romanos foi instituído por Augusto com dois estatutos promulgados em 4 e em 9 EC. O registro tinha de ser feito até 30 dias após o nascimento. Nas províncias, a família tinha de declarar diante do magistrado, no cartório público apropriado, que a criança era legítima e que tinha cidadania romana. Os nomes dos pais, o sexo e o nome da criança, bem como a data do nascimento também eram registrados. Mesmo antes da instituição dessas leis, os registros dos cidadãos em todas as colônias, divisões administrativas e municípios romanos eram renovados a cada cinco anos por meio de um censo. Assim, era possível provar a cidadania de uma pessoa consultando-se os arquivos que eram mantidos em ordem. Era possível obter cópias autenticadas desses registros na forma de dípticos de madeira (tabuinhas dobráveis) portáteis. Na opinião de alguns eruditos, quando Paulo afirmou que era cidadão romano, ele pode ter conseguido provar isso por apresentar algum documento. (Atos 16:37; 22:25-29; 25:11) Uma vez que a cidadania romana era encarada como quase “sagrada” e habilitava a pessoa a muitos privilégios, forjar esses documentos era um delito extremamente sério. A punição para quem falsificasse um documento de cidadania era a morte.